Trabalho no ensino e estando numa recta quase de final de carreira, percebo o perigo, mas sou caso isolado, porque uns docentes acham que sexo e género é a mesma coisa e outros, percebendo o que aí vem, dizem que importa (servilmente) cumprir as directrizes e a legislação (o efeito perverso do primado da lei faz-se sentir quando as leis são feitas por homens que perderam o temor a Cristo e ignoram ideais de nobreza de carácter).
A luta parece ser em extremo desigual.
O tema das sexualidades e da ideologia de género está a ser introduzido disfarçado em disciplinas de projecto (como DAC, Cidadania e Desenvolvimento) que decorrem dos 17 "bem intencionados" objectivos de desenvolvimento sustentável vindos da ONU/Bruxelas/ Ministérios da Educação,
https://www.unric.org/pt/17-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel
em nome da erradicação da pobreza, do combate à intolerância, da saúde, do ambiente, do desenvolvimento sustentável, etc, e, de acordo com os seus promotores, visam orientar o aluno para um perfil de saída de "tolerância" e de "compromisso" de opiniões, em que posições radicais/extremas (que por vezes também podem ser sinal de saúde quando não se conformam com a corrupção e a depravação) são consideradas indesejáveis num cidadão do séc. XXI.
Ao longo dos anos de escolaridade obrigatória, de forma cada vez mais clara e assertiva, os jovens serão "doutrinados" a ter prioridades de actuação e formas de pensamento que foram formatados em ideais da revolução francesa, que fez rolar cabeças, e em conceitos reavivados de um marxismo cultural/dito progressista, não nos ideais dos Dez Mandamentos ou dos mais excelentes vividos por Cristo.
Este Projecto decorre de legislação vária saída à pressa, em 2018, de documentos de orientação do Ministério, de guiões de formação de Professores, que deveriam ser analisados a pente fino por uma equipa (eu disponibilizar-me-ia se houvesse mais duas ou 3 pessoas, uma delas um jurista...), para se ter base de argumentação estruturada, com base em textos orientadores publicados. Acções de formação de Professores sobre Igualdade de género como direito "fundamental" e factor de inclusão estão em curso e colocarão em prática nas suas turmas, escolas. A velocidade com tudo o que se está a passar nas escolas... professores de várias disciplinas reúnem-se para planificar e articular estratégias para adaptar os conteúdos a estes objectivos estratégicos de que a ideologia de género é coqueluche.
Um Pai responsável, com quem falei, não viu nada de preocupante no horário do filho de 8º ano. Aguarda que algo capte a sua atenção para se queixar, mas uma queixa é uma queixa, e as sementes crescem nas mentes de jovens e adultos. "Primeiro estranha-se, depois entranha-se" — os adultos não gostam de ser ostracizados nas escolas, os jovens não querem ficar isolados.
Além disso, nem todas as queixas são ouvidas da mesma maneira numa escola. Depende de quem a queixa vem, de como está formulada, se tem muitas pessoas por detrás, se essas pessoas são de peso na sociedade, se pode haver problemas com a tutela; só que é da tutela que vêem as directrizes. Tem de haver apoio de quem está acima do Ministério da Educação, por ex. do tribunal Constitucional.
Mas será que fazer uma petição ao Ministro da Educação resolve?
Lacaios de Bruxelas cumprem diretrizes, não as questionam e ensinam os jovens a com elas concordar.
Portugal deveria seguir o exemplo daqueles três países da Europa de Leste, assim como o das Bermudas em matéria de anulação de casamento não natural.
Há muito que a Família Natural (Homem + Mulher) está sob ataque em várias frentes, de várias formas. Importa que quem defende a família H+M se una numa Aliança forte em que ninguém procure protagonismo, nem tirar dividendos, nem sublinhe as diferenças religiosas ou ideológicas.
Importa procurar que a Família Natural e a sexualidade, que esta defende e representa, tenha primazia, em vez de ser relegada para uma situação de paridade, em nome da igualdade e da inclusão de "todas" as diferenças. Com a aprovação do casamento de outras formas de união abriu-se uma caixa que só dá para fechar com a anulação de tal lei — como fizeram nas Bermudas — afinal, se a sexualidade de outras uniões é reconhecida como casamento, porque não há-de ser ensinada nas escolas? Com a abertura a uma orientação sexual não natural, virão outras.
Quem não tem filhos, netos sobrinhos, amigos nas escolas?
Em nome da Defesa da Família Tradicional e Contra o ensino da sexualidade na escola e, muito menos a ideologia de género disfarçada de "igualdade" de género. Os milhões que vieram para ser distribuídos por autarquias, associações que se proponham promover esta agenda que diz que nascemos neutros e que podemos assumir o género que decidirmos, fazendo de conta que a fisiologia interna e externa é uma anedota.
Aqui fico. Estou disponível para ajudar a parar este comboio que vem em grande velocidade e com imensas carruagens... SOZINHOS NADA PODEMOS FAZER.
ISTO É "IDENTIDADE" DE GÉNERO: